tag:blogger.com,1999:blog-27085088991801100622024-03-14T02:37:44.022-07:00ParadoxiliaPhronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-80863082339239587102015-08-30T15:24:00.001-07:002015-10-18T09:00:57.941-07:00O Génio Maligno: filmes 2
Mais uma linha de silêncio, assinalando
agora mais de dois anos de mutismo.
Retomando as referências aos filmes
anteriormente anunciados, temos eXistenZ,
realizado por David Cronenberg em 1999. Passado num futuro* não muito distante,
revela-nos uma cultura na qual os criadores de jogos têm um estatuto
olimpicamente elevado e é organicamente — através de “bio-portas” (conetores
orgânicos) — Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-44533921068325404812013-01-20T14:24:00.000-08:002013-01-22T08:32:28.584-08:00O Génio Maligno: filmes
Retomo agora, sem explicações escusadas (fazendo de conta que não houve um hiato de silêncio de mais de um ano), as entradas já anunciadas. Nesta (a 4ª sobre o génio Maligno), os filmes que ilustram esta experiência ou variações sobre ela. Limitar-me-ei a enumerá-los e justificar sucintamente a pertinência da sua inclusão no contexto desta série de entradas.
Comecemos pelo mais famoso
Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-10071225337529073042011-09-18T09:36:00.000-07:002011-09-18T09:40:04.143-07:00O Génio Maligno: cérebros numa cuba — a crítica de Hilary Putnam
Imagine
que o supercomputador é tão avançado e eficiente que logra fazê-lo crer que
está sentado a ler estas palavras sobre o divertido e tresloucado cenário de um
cientista que é capaz de retirar o cérebro de uma pessoa e colocá-lo numa cuba
com nutrientes! Sempre há gente com uma imaginação! — pensa o leitor, com um
sorriso complacente ou impaciente.
Se porventura o leitor for um cérebro Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-29870745205588643962011-09-10T12:32:00.000-07:002011-09-10T12:34:05.073-07:00O Génio Maligno: Hilary Putnam (cérebros numa cuba)
Imagine — como um exercício indulgente e extravagante do
raciocínio hipotético — que foi submetido, por um cientista genial e perverso,
à seguinte operação: o seu cérebro foi retirado do seu crânio, colocado numa
cuba com nutrientes capazes de o manter vivo e ligado a um supercomputador cujo
programa produz impulsos elétricos que estimulam o seu cérebro do mesmo modo que um
cérebro num corpo é Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-41027872800593248452011-09-03T09:17:00.001-07:002011-09-10T11:41:28.489-07:00O Génio Maligno: René Descartes
O que está ao abrigo da dúvida?
O argumento cartesiano do sonho sugere a possibilidade de que a nossa vida seja um sonho (porque não podemos
racionalmente excluir, de modo definitivo, a hipótese — remota, sem dúvida —, de
que estamos a sonhar). Um dos primeiros exemplos que nos ocorre avançar para
contrariar esta possibilidade é uma das mais simples operações aritméticas:
2+2=4 é uma Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-30608060984709309092010-02-28T16:16:00.000-08:002010-02-28T16:16:55.651-08:00O Génio Maligno (e derivações apropositadas): sumárioA hipótese do Génio Maligno, de René Descartes, é outra emblemática experiência mental da história da filosofia. Encontra-se na primeira meditação das Meditações sobre a Filosofia Primeira (Meditationes de Prima Philosophia, a primeira versão, latina, de 1641 — ou Meditações Metafísicas, título da tradução francesa, de 1647). Mas as suas derivações não são menos carismáticas.Eis então o sumário Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-49875601627396933812010-02-11T14:54:00.000-08:002010-02-11T14:54:47.498-08:00InterregnoPhronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-77634311802724960742010-02-05T14:36:00.001-08:002010-02-05T17:23:03.424-08:00Só mais uma coisa8) Sugeri que, na alegoria platónica, assomam elementos repulsivos (consistentes com a concepção ético-política de Platão da governação e do Estado); Karl Popper, na obra A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos, vol. 1 (1945, 1ª ed.) vai mais longe: não só considera que Platão foi um dos fundadores do racismo e do colectivismo racial, como também que o seu programa político é moralmente equivalentePhronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-51479057123677071562010-02-01T15:47:00.000-08:002010-02-01T15:47:07.386-08:00A alegoria da caverna: perplexidades (7)7) Mas a mais estranha e chocante sugestão na descrição narrativa de Sócrates (517a) é esta: “E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?” E Platão não se coíbe de pôr Gláucon a corroborá-la prontamente (ou servilmente): “Matariam, sem dúvida”. O leitor fica com a impressão de que há algum hiato na narrativa ou na construção dramática, ou Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-38838318690607191652010-01-29T10:52:00.000-08:002010-01-29T10:57:46.446-08:00A alegoria da caverna: perplexidades (6)6) O filme The Truman Show (A Vida em Directo, realizado por Peter Weir) ilustra uma possibilidade semelhante (à de uma seita mantida na ilusão): ainda poderíamos admitir (se o argumentista Andrew Niccol tivesse caprichosamente favorecido tal desfecho anti-heróico e politicamente incorrecto) que Truman pudesse ser aliciado a preferir o mundo familiar e protegido (ainda que falso) em que crescera Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-18730153290982549402010-01-20T16:19:00.000-08:002010-01-29T10:53:08.318-08:00A alegoria da caverna: perplexidades (5)5) Nas leituras modernas desta alegoria, a caverna é, como já aqui se disse, a televisão. Se, numa seita cujos membros vivessem num rancho murado, sem poderem sair, estas pessoas conhecessem o mundo através de séries e telenovelas — que elas seriam levadas, por um líder religioso carismático (ou mais do que um) a supor que representavam a realidade, ou seja, que eram documentários sobre o estado Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-66262194262501796112010-01-14T15:58:00.000-08:002010-01-29T10:53:28.451-08:00A alegoria da caverna: perplexidades (4)4) Que, “se a prisão tivesse também um eco na parede do fundo” e “quando algum dos transeuntes falasse”, os prisioneiros tomariam o eco pela voz da “sombra que passava” (515b), não custa muito admitir. Mas — e esta já é outra fase da experiência ‘educacional’ —, se um dos prisioneiros fosse libertado e lhe mostrassem os objectos e pessoas reais que causavam as sombras dele bem conhecidas, seria Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-84836190353995734802009-10-30T19:23:00.000-07:002009-11-06T17:38:12.106-08:00A alegoria da caverna: perplexidades (3)3) Além disso, é altamente improvável que homens nestas condições, aprisionados desde a infância, pudessem adquirir quaisquer competências linguísticas significativas. É difícil admitir que, “se eles fossem capazes de conversar uns com os outros (…), julgariam estar a nomear objectos reais, quando designavam o que viam” (515b): sem modelação linguística, desde pequenos, como nomeariam qualquer Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-87656731225317070942009-10-30T19:21:00.000-07:002009-11-06T17:37:50.351-08:00A alegoria da caverna: perplexidades (2)2) Em segundo lugar, porque é que os prisioneiros são do sexo masculino? Que pormenor relevante teria Platão em vista que pudesse justificar esta opção? Se são semelhantes a nós (como pretende Sócrates), não seria mais adequado que houvesse homens e mulheres?
Paulo Lopes
Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-66579959622191566632009-10-30T19:08:00.000-07:002010-01-20T16:11:51.995-08:00A alegoria da caverna: perplexidades (1)
É uma narrativa dramaticamente simples — daí, talvez, o seu apelo. A sua ideia central é acessível e espiritualmente sugestiva: nós somos como aqueles prisioneiros; para quem quer que esteja genuinamente comprometido com o saber, é um dever intelectual e político libertar-se destas sombras ou aparências e procurar a origem destes simulacros no plano inteligível.
Por outro lado, talvez Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-88600928481485403842009-09-07T18:19:00.000-07:002009-09-07T18:22:13.495-07:00A alegoria da caverna: leiturasA interpretação prontamente oferecida por Sócrates é também uma das mais conhecidas:«Meu caro Gláucon, este quadro (…) deve agora aplicar-se a tudo quanto dissemos anteriormente, comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão, e a luz da fogueira que lá existia à força do Sol. Quanto à subida ao mundo superior e à visão do que lá se encontra, se a tomares como a ascensão da almaPhronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-3704721937727273962009-08-30T16:20:00.001-07:002009-10-30T12:05:51.319-07:00A alegoria da caverna
Uma adaptação animada da alegoria da caverna (http://www.platosallegory.com) A caverna de Platão é uma das mais icónicas e emblemáticas experiências mentais da história da filosofia e da cultura ocidental em geral. Conhecida como a 'alegoria da caverna', encontra-se n' A República, no livro VII (514a-517a), logo pós a alegoria da linha (no final do livro VI), e Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-26468039084894003812009-04-04T09:52:00.000-07:002009-04-10T08:45:28.300-07:00Uma espécie de paradoxo: corvos pretos, coisas não pretasEmbora conhecido por paradoxo dos corvos (ou paradoxo de Hempel), não é verdadeiramente um paradoxo (não gera propriamente uma contradição), mas talvez antes uma perplexidade sobre o sentido das evidências empíricas na confirmação de teorias científicas. Foi a propósito da confirmação de teorias ( 'confirmação' significa aqui "apoio indutivo" mais ou menos forte) que Carl Gustav Hempel (nascido Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-76812009314620464592008-02-29T09:40:00.000-08:002008-04-24T06:49:14.684-07:00Paradoxo da política portuguesa.Luís Filipe Menezes, ao afirmar que, quando for primeiro-ministro, a RTP deixará de ter publicidade, acabou por garantir que a RTP não ficará sem publicidade.Alexandre MarquesUnknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-20994140948523042722008-01-29T15:11:00.000-08:002009-04-10T08:59:30.327-07:00FERNANDO PESSOAPor entre fragmentos e palavras no Livro do DesassossegoTrecho 12"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer."Trecho 296"A mania do absurdo e do paradoxo é a alegria animal dos tristes. Como o homem normal diz disparates por Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-60411627530930362402008-01-15T12:27:00.000-08:002009-04-10T08:58:29.260-07:00Alfred TarskiAlfred Tarski foi um lógico e matemático polaco (nasceu em Varsóvia em 1902 e morreu em 1983). Emigrou para os Estados Unidos em 1939, tendo começado a leccionar Matemática na Universidade de Berkeley a partir de 1942. Em Lógica revela-se um pensador muito original. Por volta de 1930, Tarski formulou o método semântico. Em colaboração com J. Lukasiewicz, iniciou o estudo da metateoria do cálculo Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-85948224922888230722008-01-14T11:54:00.001-08:002009-04-10T08:56:50.326-07:00A solução clássica de Alfred Tarski.O cretense Epiménides diz: “todos os cretenses são mentirosos.”Se disse a verdade, como é cretense, então mentiu e o que disse é falso. Se não disse a verdade, isto é, se mente, então os cretenses não são mentirosos e Epiménides também o não é. Então ao mentir diz a verdade.Os paradoxos mostram a dificuldade de tentar que uma frase declarativa diga qualquer coisa acerca da sua própria verdade ou Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-951158566728811942007-11-23T10:51:00.000-08:002009-04-10T08:55:37.242-07:00Ela gira para a direita ou para a esquerda?Clicando na imagem, vemo-la a rodar... - mas em que sentido?Unknownnoreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-68247441906381380162007-11-21T08:07:00.000-08:002009-04-10T08:47:40.651-07:00Paradoxilia: Dia Mundial da FilosofiaParadoxilia: Dia Mundial da FilosofiaPhronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2708508899180110062.post-69219961488179044922007-11-21T03:55:00.000-08:002009-04-10T08:54:31.080-07:00Dia Mundial da FilosofiaEis a lista dos paradoxos (sem indicação das fontes) que foram seleccionados para uma exposição na Escola Secundária de Benavente, em 2007:1) Esta frase é falsa.2) Epiménides, o cretense, disse: “Todos os cretenses são mentirosos.” Este testemunho é verdadeiro.3) O filósofo inglês George Edward Moore (1873-1958) mentiu apenas uma vez na vida, segundo Bertrand Russell; quando lhe perguntaram se Phronesishttp://www.blogger.com/profile/01309245668249740545noreply@blogger.com8