sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Paradoxo da política portuguesa.
Alexandre Marques
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
FERNANDO PESSOA
Miguel Pais
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Alfred Tarski

Em 1924, em colaboração com Banach, provou que uma esfera pode ser cortada num número finito de partes e ser remontada numa esfera de tamanho maior, ou alternativamente, pode ser remontada em duas esferas cada uma do mesmo tamanho da original. Este resultado é chamado de Paradoxo de Banach–Tarski. É considerado um paradoxo por ser um resultado contra-intuitivo. Naturalmente não é possível cortar desta forma uma esfera real, como uma laranja, com uma faca real. Trata-se de uma abstracção matemática.
O "paradoxo" de Banach–Tarski: Uma esfera pode ser decomposta e recomposta em duas esferas cada uma do mesmo tamanho da original.
Algumas obras de Tarski: Logic, Semantics, Metamathematics, Oxford, 1956; Undecidables Theories, Amesterdão, 1953; Cardinal Algebras, Oxford, 1949; Ordinal Algebras, Amesterdão, 1956; Introduction a la Logique, Paris, 1969.
Teresa Mateus
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
A solução clássica de Alfred Tarski.
O cretense Epiménides diz: “todos os cretenses são mentirosos.”
Se disse a verdade, como é cretense, então mentiu e o que disse é falso. Se não disse a verdade, isto é, se mente, então os cretenses não são mentirosos e Epiménides também o não é. Então ao mentir diz a verdade.
Os paradoxos mostram a dificuldade de tentar que uma frase declarativa diga qualquer coisa acerca da sua própria verdade ou falsidade.
Repare nas seguintes afirmações:
Lisboa é a capital de Portugal.
Lisboa é um substantivo.
Em Lisboa desagua o Tejo.
Lisboa tem seis letras.
Quando nos queremos referir à palavra e não à realidade que ela nomeia colocamos o termo entre aspas simples. Assim, para evitar confusões nos exemplos anteriores deveríamos escrever:
‘Lisboa’ é um substantivo.
‘Lisboa’ tem seis letras.
A solução clássica deve-se à utilização do conceito de metalinguagem (apresentado por Alfred Tarski). As frases sobre a realidade (como «o céu é azul») são em linguagem-objecto ou linguagem de nível zero (linguagem objectiva); mas as frases sobre os valores lógicos (verdadeiro ou falso) devem ser feitas em metalinguagem ou linguagem de nível superior.
Assim, a frase «o céu é azul» é em linguagem-objecto, mas a frase «'o céu é azul' é verdadeira» é feita em metalinguagem ou linguagem de nível um. Se pretendermos falar do valor de verdade desta última frase, teremos que utilizar uma linguagem de nível superior. No exemplo seguinte,
1. As maçãs são azuis;
2. A frase 1 é falsa;
3. A frase 2 é verdadeira,
A frase 3 é escrita numa linguagem de nível superior à metalinguagem da frase 2.
O que este conceito de metalinguagem faz é “proibir” que as frases sobre a realidade se refiram ao (seu) valor de verdade.
Alexandre Marques